8 – SEXTA-FEIRA
31ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Não me abandoneis, Senhor, meu Deus, nem fiqueis longe de mim! Vinde em meu auxílio, ó Senhor, força da minha salvação! (Sl 37,22s)
Em meio aos desafios do cotidiano e às trevas que tentam impedir a luz do Evangelho de resplandecer na sociedade, o cristão não pode vacilar um só segundo, mas deve ser “mais esperto” que “os filhos deste mundo”, procurando, com todas as forças, santificar-se e santificar a humanidade com a sabedoria divina.
Primeira Leitura: Filipenses 3,17-4,1
Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses – 17Sede meus imitadores, irmãos, e observai os que vivem de acordo com o exemplo que nós damos. 18Já vos disse muitas vezes e agora o repito, chorando: há muitos por aí que se comportam como inimigos da cruz de Cristo. 19O fim deles é a perdição, o deus deles é o estômago, a glória deles está no que é vergonhoso, e só pensam nas coisas terrenas. 20Nós, porém, somos cidadãos do céu. De lá aguardamos o nosso salvador, o Senhor, Jesus Cristo. 21Ele transformará o nosso corpo humilhado e o tornará semelhante ao seu corpo glorioso, com o poder que tem de sujeitar a si todas as coisas. 4,1Assim, meus irmãos, a quem quero bem e dos quais sinto saudade, minha alegria, minha coroa, meus amigos, continuai firmes no Senhor. – Palavra do Senhor.
Salmo Responsorial: 121(122)
Que alegria quando ouvi que me disseram: / “Vamos à casa do Senhor!”
1. Que alegria quando ouvi que me disseram: / “Vamos à casa do Senhor!” / E agora nossos pés já se detêm, / Jerusalém, em tuas portas. – R.
2. Jerusalém, cidade bem edificada / num conjunto harmonioso; / para lá sobem as tribos de Israel, / as tribos do Senhor. – R.
3. Para louvar, segundo a lei de Israel, / o nome do Senhor. / A sede da justiça lá está / e o trono de Davi. – R.
Evangelho: Lucas 16,1-8
Aleluia, aleluia, aleluia.
O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda sua palavra fielmente (1Jo 2,5). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1Jesus disse aos discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar os seus bens. 2Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isso que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus bens’. 3O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha. 4Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando eu for afastado da administração’. 5Então ele chamou cada um dos que estavam devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’ 6Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta!’ 7Depois ele perguntou a outro: ‘E tu, quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse: ‘Pega tua conta e escreve oitenta’. 8E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu com esperteza. Com efeito, os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. – Palavra da salvação.
Reflexão:
Exclusiva de Lucas, a parábola do gerente desonesto quer alertar-nos para o modo como estamos “administrando” as coisas do Reino de Deus. Antes de tudo, Jesus nos ensina a fazer bom uso do dinheiro. Não se deve idolatrar o “deus dinheiro” (v. 13), nem se tornar seu escravo. Ele não foi feito para ser acumulado de modo egoísta, nem para transformar-se em armazéns lotados de mercadoria (cf. Lc 12,18). O dinheiro existe para circular e beneficiar a comunidade. O que o senhor elogia nesse gerente sem escrúpulo é a esperteza para solucionar, em curto prazo, sua complicada situação. O dono admira sua capacidade de pronta decisão. Esse é o comportamento que Jesus quer encontrar em seus discípulos, isto é, firme empenho na prática da justiça e da misericórdia.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)
Fonte: Paulus