A vitamina D é produzida pelo corpo principalmente através da radiação solar ultravioleta B, sendo que a alimentação apenas supre em torno de 20% das necessidades essenciais do organismo, por meio de colecalciferol ou vitamina D3 e a ergocalciferol ou D2 vegetal. Contudo, nos países com boa exposição solar, 90% a 95% da vitamina D pode ser obtida através da radiação solar.
É um nutriente necessário para várias funções do organismo. Uma das mais importantes é a manutenção da resistência óssea. Concentrações adequadas da forma ativa da vitamina D são essenciais para a absorção intestinal do cálcio, manutenção e concentrações adequadas de paratormônio e manutenção da estrutura óssea em associação com o cálcio.
O envelhecimento parece ser um fator de risco para diminuição da vitamina D. Em um estudo realizado pela UNIFESP observou-se, em pacientes idosos, institucionalizados e ambulatoriais, uma prevalência de 71,2% e 43,8%, respectivamente, de hipovitaminose D. De acordo com o estudo, os resultados estariam relacionados à capacidade reduzida da pele de sintetizar pró-vitamina D, baixa exposição ao sol, alimentação inadequada, menor absorção gastrintestinal e uso de vários medicamentos que interferem na absorção e metabolismo da vitamina D (SARAIVA, 2007).
O problema é que as consequências da deficiência estão a menor força muscular e a maior fragilidade dos ossos, o que aumenta o risco de quedas e fraturas. Além disso, estudos recentes têm associado ainda a uma série de outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, depressão, diabetes, esclerose múltipla e câncer de mama, próstata e colorretal.
As recomendações diárias para idosos com até 70 anos de idade são de 15mcg e 20mcg a partir dos 70 anos. (DRI, 2011).
Para a síntese pela derme são recomendados 15 minutos de exposição ao sol com atenção para os horários e o uso de protetor solar.
As pessoas idosas podem priorizar alimentos com alta concentração da substância quando forem diagnosticadas com deficiência vitamínica.
Alimentos ricos em Vitamina D
- gema de ovo,
- peixes como salmão, atum e sardinha,
- queijos,
- fígado de boi,
- fígado de galinha,
- cogumelos,
- ostra,
- leite fortificado,
- manteiga,
- óleo de fígado de bacalhau.
Os médicos costumam recomendar aos pacientes com deficiência o consumo de suplemento de vitamina D. Porém não se deve tomar por conta própria, sem receita. Vitamina D demais chega a ser tóxica ao organismo e trazer riscos à saúde.
Referências Bibliográficas
DRI. Dietary Reference Intakes, 2011.
Kratz, D B et al, Deficiência de vitamina D (250H) e seu impacto na qualidade de vida: uma revisão de literatura, Rev. Bras. de Análises Clínicas, 2018.
SARAIVA, G.L et al. Prevalência da deficiência, insuficiência de vitamina D e hiperparatireoidismo secundário em idosos institucionalizados e moradores na comunidade da cidade de São Paulo, Brasil. Arq. Bras, endocrinol. metab, v. 51, n. 3, p. 437-42, 2007.
Monica Sayuri Albano Mizukami
Nutricionista
CRN3 24917