Obesidade é o excesso de peso ou o acúmulo de gordura no corpo. Ocorre quando o consumo de energia é maior que o gasto energético.
É uma condição clínica crônica e também é considerada um problema de saúde pública. Está associada a várias doenças crônicas, distúrbios emocionais e disfunções funcionais. A pessoa com obesidade está em maior risco de desenvolver problemas de saúde como diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, doenças cardiovasculares, pedras na vesícula, distúrbios do sono, câncer, depressão, artrose de joelhos e quadris. São comuns também as dificuldades de locomoção e mobilidade, prejuízos à qualidade de vida e participação em atividades sociais.
Segundo dados brasileiros, a prevalência de obesidade na população idosa varia de 12-25% das mulheres e 17% dos homens.
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma fórmula simples que indica se o peso de uma pessoa está em conformidade com sua altura. É calculado dividindo o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em metros). IMC= peso (kg) ÷ altura² (m). Em 1994, Lipschitz propôs uma classificação de índice de massa corporal (IMC) para idosos, utilizando o ponto de corte do IMC >27 kg/m2 como excesso de peso, sobrepeso e/ou obesidade.
Causas
Todas as pessoas perdem massa muscular com o envelhecimento, mesmo aquelas ativas fisicamente. Assim, a proporção de gordura sempre aumenta em relação à quantidade de massa muscular. O maior acúmulo de gordura acontece geralmente na região abdominal, mas também acomete os músculos e órgãos internos.
Além do próprio processo de envelhecimento, hábitos do nosso estilo de vida atual contribuem para o aumento da obesidade entre os brasileiros. O sedentarismo ou falta de atividade física e dietas inadequadas são os principais fatores associados à epidemia de obesidade nas sociedades modernas.Muitos idosos moram sozinhos e não contam com alguém que prepare suas refeições. Por conta disso, acabam optando por comprarem refeições prontas (marmitex), lanches, salgados e muitos alimentos processados.
Idosos obesos devem receber intervenções nutricionais específicas e individualizadas para redução de peso, evitando as dietas muito restritivas e consequente maior risco da perda de massa, função e funcionalidade muscular.
As perdas moderadas de peso melhoram comorbidades como osteoartrose, doença cardíaca isquêmica, resistência à insulina e intolerância à glicose.
A recomendação é uma dieta com redução gradual e lenta de calorias, aumento na quantidade de proteínas, rica em nutrientes. Associada com atividade física e mudanças no estilo de vida.
ReferênciasBibliográficas
Karina de Souza Vasconcelos. Obesidade e Envelhecimento 19/07/2017 Disponível em: <https://sbgg.org.br/obesidade-e-envelhecimento/>
Lipschitz DA. Screening for nutritional status in the elderly. Prim Care. 1994 Mar; 21(1):55-67.
Santos, R R et al. Obesidade em Idosos.RevMed Minas Gerais 2013; 23(1): 64-73.
Mônica Sayuri Albano Mizukami
Nutricionista
CRN3 – 24917
1 comentário
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